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Girl power: liderança feminina conquista setor de Tecnologia e Negócios

Por Luciana Guimarães Publicado 02/04/2021 14:48 | Atualizado 02/04/2021 14:49 Niterói – Fato: a participação feminina está cada vez mais em alta no empreendedorismo tecnológico e negócios em geral. De acordo com um estudo de 2015 da consultoria McKinsey, considerando projeções até 2025, a redução do gap de gênero entre homens e mulheres poderia incluir 240 milhões de trabalhadoras no mercado de trabalho, além de resultar em um crescimento econômico de 12 a 28 trilhões no PIB dos países anualmente.

Como a maioria dos outros setores, a tecnologia também é dominada pelos homens. Repleto de complexidades – algoritmos, data science, inteligência artificial –, no mais, aos poucos o tema começa a ser conquistado também pelas mulheres. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, elas representam cerca de 20% dos profissionais atuando no mercado de TI no Brasil.

Dentro dessa estatística está a Daniele Soares, fundadora da Redesign Consultoria de Transformação. Ela está a frente desse processo que fez a ela mesma em 2014 quando desde então surgiu a necessidade de elaborar uma alternativa completamente original para dedesenhar pessoas, processos e negócios com o propósito ‘Ser Melhor Fazendo o Outro Melhor’.

“Diante da 4ª Revolução, precisamos da tecnologia como uma grande força para automatizar e trazer escalabilidade mas temos que ir além, temos que repensar as estruturas, os modelos de negócios, adaptando e mudando o mindset das pessoas com os seus trabalhos e proporcionando a realização de tarefas mais nobres onde poderão utilizar e desenvolver suas habilidades. Precisamos fazer esta transformação de forma amigável e responsável.”, afirma Daniele Soares.

Nascida e criada com a inquietação de sempre ser melhor, a Redesign tornou-se a primeira empresa de consultoria empresarial de transformação no Brasil, fundada e dirigida por uma mulher. Hoje é referência na criação de soluções concretas que impulsionam empresas a ocuparem espaço na nova era da tecnologia.

“Independentemente da área de atuação, a transformação digital trouxe desafios para todas as empresas. E aprender a lidar com tais transformações exige uma adaptação contínua de pensamento. O mindset digital é exatamente isso: adaptar o pensamento diante desta nova realidade tecnológica, ou seja, a nova era digital. É entender o que é a tecnologia e como ela irá impactar a cultura da organização, o trabalho de seus colaboradores e a vida dos seus clientes.”, complementa.

Em resumo, a igualdade de gênero, além de ser um direito humano, também traz benefícios econômicos e científicos para a sociedade frente às invocações digitais.

Daniele Soares tem em sua formação em negócios, pós-graduação em liderança, inovação e gestão, bem como certificações em RPA. Também é palestrante, trabalha com inteligência artificial, mas é no ser humano que encontra motivos para transformar. Sempre acreditando num futuro melhor para todos, e em igualdade, ela se preocupa em realizar diversos projetos exclusivos e customizados para empresas de diversos segmentos e tamanhos. Os projetos são divisores de água nas companhias e potencializam a transformação das empresas com agilidade e eficiência, tornando-as mais competitivas e atraentes. Segundo pesquisa da britânica Deloitte, 51% das empresas estão atualmente no processo de redesenhar suas organizações para modelos de negócios digitais.

A rejeição às mudanças nos ambientes internos das empresas ainda é muito comum. Mas é natural que o ser humano resista às inovações em um primeiro momento. Historicamente sempre foi assim. Mas, após experimentar a tecnologia e as melhorias que são proporcionadas, passam a desejá-las. ” É por isso que trabalhamos todos os dias, para sermos melhores e fazer estas pessoas muito melhores também”, diz Daniele Soares, a CEO da Redesign.

Ao longo da história da humanidade, mulheres em cargos de liderança foram responsáveis por grandes feitos tecnológicos. E temos muitos exemplos inspiradores: a matemática Ada Lovelace trabalhou em conjunto com Charles Babbage na Universidade de Londres e desenvolveu uma forma de programar máquinas com algoritmos matemáticos. Hedy Lamarr foi co-inventora do sistema que serviu de base para as tecnologias wireless. Grace Murray Hopper foi a inventora responsável do primeiro compilador de código e co-inventora do COBOL. Já Shirley Ann Jackson foi responsável por lançar as bases para soluções que revolucionaram as telecomunicações. Isso mostra que as empresas de tecnologia devem abrir espaço para a diversidade não só em cargos de liderança, mas também nos demais ambientes da empresa.

Liderando iniciativas com o uso de tecnologias de ponta, a Redesign hoje também é responsável pela construção de centros de excelência de operações (RPA COE). Conduzindo de ponta a ponta as estratégias, Business Cases e implementações das automações de processos/RPA e se destacando ainda mais com o desenvolvimento de inteligência artificial para grandes casos de uso na construção de automações de processos inteligentes.

Essas grandes mulheres, assim como Daniele, provam que é possível derrubar as barreiras e estabelecer uma cultura mais inclusiva e diversa.

Algoritmos: pesquisadores explicam tecnologia que intensifica racismo

Publicado em 28/03/2021 – 07:43 Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Uma pessoa negra que é automaticamente reconhecida como gorila em uma plataforma digital para fotos. Em uma mídia social, o recorte automático de uma foto fora do padrão de visualização privilegia rostos de pessoas brancas. Em outra rede, uma mulher negra tem seu alcance de postagens aumentado em 6.000% ao publicar mulheres brancas.

Esses exemplos não são pontuais e vêm sendo alvo de críticas e reflexões de usuários da internet e pesquisadores. Como modelos matemáticos, os chamados algoritmos, poderiam ser racistas? O pesquisador Tarcizio Silva, doutorando em Ciências Humanas e Sociais na Universidade Federal do ABC (UFABC), explica que é necessário se perguntar como esses sistemas são usados de forma a permitir “a manutenção, intensificação e ocultação do racismo estrutural”. Silva desenvolveu uma linha do tempo que demonstra casos, dados e reações.

“A solução não está somente na transparência de códigos, mas sim na apropriação e crítica social da tecnologia”, diz. Como os sistemas são alimentados, quais dados são aceitos, quem cria as tecnologias e quem é incluído ou excluído na multiplicação de dispositivos automatizados são algumas das questões levantadas por Silva. “O racismo algorítmico é uma tecnologização e automatização do racismo estrutural”, avalia.

Idealizadores do blog Tecnocríticas, Renata Gusmão, Gabriela Guerra e Felipe Martins atuam na área de tecnologia da informação (TI) e usam a internet para discutir, entre outros temas, a ausência de neutralidade da tecnologia. “Quem pensa esses algoritmos são pessoas dentro de uma sociedade machista, racista, desigual. Logo a lógica por trás de uma solução carrega esses mesmos valores. Não estão considerando a diversidade dos usuários finais e acabam reforçando desigualdades e discriminações do mundo ‘real’”, apontam em entrevista por e-mail à Agência Brasil

#AlgoritmoRacista

Um dos casos de maior repercussão recentemente ocorreu no Twitter, com o recorte automático de fotos que privilegiavam rostos brancos. Milhares de usuários usaram a hashtag #AlgoritmoRacista, na própria rede, para questionar a automatização que expunha o racismo. Silva explica que essa descoberta mostrou o uso de algoritmos baseados em redes neurais, cuja técnica encontra regiões de interesse sobre a imagem a partir de dados levantados por rastreamento de olhar.

“Um acúmulo de dados e pesquisas enviesadas que privilegiavam a estética branca resultou no sistema que o Twitter usava e não conseguiu sequer explicar corretamente onde estava a origem da questão”, disse o pesquisador. Na época, a plataforma se comprometeu a revisar o mecanismo. “Devíamos ter feito um trabalho melhor ao prever essa possibilidade quando estávamos projetando e construindo este produto”.

“É assim que o racismo algorítmico funciona, através do acúmulo de uso de tecnologias pouco explicáveis e pouco ajustadas que a princípio otimizam algum aspecto técnico, mas na verdade mutilam a experiência dos usuários”, acrescenta o pesquisador.

Reconhecimento facial

Fora das redes sociais, os danos do racismo algorítmico podem ser ainda maiores. Dados levantados pela Rede de Observatórios de Segurança mostram que, de março a outubro de 2019, 151 pessoas foram presas a partir da tecnologia e reconhecimento facial em quatro estados (Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba). Nos registros que havia informações sobre raça e cor, ou quando havia imagens das pessoas abordadas (42 casos), observou-se que 90,5% eram negras. “As principais motivações para as abordagens e prisões foram tráfico de drogas e roubo”, aponta o relatório.

Silva lembra que, em países da Europa e regiões dos Estados Unidos, essa tecnologia tem sido alvo de questionamentos ou banimento. “Os motivos são vários, de imprecisão, a baixo custo-benefício ou a promoção de vigilantismo e violência estatal”, explica. Ele aponta que o sistema é impreciso para identificar faces de minorias. “Mas não importa um futuro onde o reconhecimento facial seja mais preciso: é uma tecnologia necessariamente racista em países onde seletividade penal e encarceramento em massa são o modus operandi do Estado”.

Saídas

Para os integrantes do Tecnocríticas, combater essa expressão discriminatória dos algoritmos passa por garantir mais diversidade na área de TI. “Seja garantindo que times responsáveis por pensar essas soluções tenham diversidade racial e de gênero, por exemplo, seja treinando robôs com dados diversos. Uma outra questão, também muito importante, é que a indústria de tecnologia responde às dinâmicas econômicas, então nem sempre essas soluções são as que realmente resolvem os problemas das pessoas, mas sim, as que geram lucro”, avaliam.

Silva acredita que o primeiro passo para a proteção é a “superação de qualquer presunção de neutralidade das tecnologias”. Ele aponta que tecnologias digitais emergentes, como o reconhecimento facial para fins policiais ou criação de escore de risco para planos privados de saúde já “nascem como derrotas humanitárias”. “Se efetivamente nos comprometermos com princípios do valor da vida humana, chegaremos à conclusão de que algumas tecnologias algorítmicas não deveriam sequer existir.”

Edição: Aécio Amado

Pandemia acelerou o uso da tecnologia nas escolas

É inegável que a tecnologia foi fundamental para a continuidade do ensino durante o distanciamento social em 2020, necessário devido à crise gerada pela covid-19. Apesar de a pandemia ter acelerado o processo, essa já era uma tendência na educação mundial.

O blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), explica como o híbrido já estava sendo inserido aos poucos na rotina escolar e, hoje, é uma certeza na maioria das instituições.

Quais os principais impactos do uso da tecnologia na educação?

Mais do que nunca, é possível ver os impactos do uso da tecnologia na educação. Afinal de contas, sem as ferramentas tecnológicas, não seria possível dar continuidade ao ano escolar durante a pandemia. Entretanto, não é somente esse o benefício desses recursos. Veja.

Estimulam a autonomia

Como dissemos, o futuro da educação é trazer mais autonomia para o aluno durante a aquisição de conhecimento. Dessa maneira, o uso de tecnologia, principalmente aliado ao ensino híbrido, favorece esse protagonismo, desenvolvendo a autoconfiança do aluno.

Despertam a curiosidade

Imagine aprender conteúdos tradicionais como se fosse um jogo, com fases, desafios e recompensas? Você não acha que a criança se interessaria muito mais? Pois isso é possível com a gamificação da educação, que também utiliza tecnologia para ser aplicada. Várias escolas do futuro já usam esse recurso.

Melhoram o desempenho

Com mais autonomia sobre sua aprendizagem e maior interesse em adquirir conhecimento, o resultado na melhora do desempenho não poderia ser diferente. O engajamento é algo fundamental para que o aluno consiga assimilar as informações e, assim, aprenda de verdade.

Quer saber mais sobre o futuro da educação? Acesse o site Novos Alunos e confira.


Grupo SEB

Além do blog, que trata sobre assuntos como educação bilíngue, período integral, ensino médio, vestibulares e Enem, você pode acompanhar o conteúdo do SEB por meio da página no Facebook , no perfil no Instagram e no canal do Youtube.

Sete erros que as pessoas cometem durante o home office e que podem acabar com a produtividade

Aprender a ser produtivo no home office significa ser um profissional mais completo, com capacidade de atuar de várias formas e em lugares diversos

Dúvida do leitor: “Como identificar os erros que eu cometo para conseguir melhor a minha produtividade no home office?”

Resposta por Elza Veloso*: 

Em 2021, já é possível enxergar o home office como uma realidade e, a partir dessa experiência, avaliar o lado bom e o lado ruim dessa prática. Participar de reuniões, cumprir a jornada de trabalho, entregar resultados, tudo isso mudou conforme as pessoas se viram desprovidas da estrutura física oferecida pelas organizações.

Para as empresas, um dos maiores desafios dessas mudanças passou a ser avaliar resultados do trabalho, uma vez que o cumprimento de horas presenciais nas dependências da empresa deixou de existir em muitos casos. Para as pessoas, apesar do aprendizado que vem se construindo, alguns erros podem persistir e prejudicar a produtividade.

Confira sete deles:

1. Improvisar demais

Na mudança do trabalho presencial para o home office, alguns trabalhadores receberam suporte da empresa para organizar suas tarefas, mas outros precisaram se preparar sozinhos. Nessa adaptação, muitos improvisos foram necessários para que o trabalho fluísse e tivesse uma continuidade – de estrutura até rotina. Porém, com o passar do tempo, é preciso avaliar esses improvisos e procurar voltar a trabalhar com excelência, independentemente de estar em casa. É necessário compreender sua nova realidade e tirar o melhor dela.

2. Não organizar o espaço físico

As pessoas que não estavam preparadas para trabalhar em home office nem sempre têm em casa espaços adequados ao trabalho. Porém, é essencial buscar alternativas, dentro das possibilidades de cada um, para criar condições de produzir de forma segura e tranquila.

3. Não se preparar para o trabalho

Antes de ir trabalhar, as pessoas costumam se arrumar física e emocionalmente. O ato de trocar de roupa e pensar nos afazeres antes de chegar ao local de trabalho funciona como uma preparação para produzir mais e melhor. Em casa, da mesma forma, é preciso estabelecer rituais que formalizem os momentos de atuação profissional, buscando cumprir uma jornada produtiva e gratificante.

4. Não separar horas para descanso

O avanço das tecnologias da comunicação, mesmo antes do home office, já estimulavam as pessoas a estar sempre alertas. Em modo home office, ficou mais difícil impor limites de tempo para o trabalho, uma vez que há o pressuposto de que todos têm obrigação de responder a qualquer momento às demandas profissionais.

Essa “mistura” entre a vida pessoal e profissional, quando excessiva, pode levar à queda de produtividade. Então, em modo home office, é essencial aprender a separar horas para descanso e para outras atividades pessoais.

5. Não fazer acordos com a família

Nas dependências das empresas, o compartilhamento de tempo e de espaço se dá com pessoas que têm objetivos semelhantes. Em casa, as expectativas são diversas e, para compartilhar espaços e conseguir produzir, é preciso estabelecer rotinas que sejam organizadas a partir de acordos claros entre os familiares.

6. Deixar de interagir com os colegas

Em modo home office, os encontros casuais e reuniões foram substituídos por conversas eletrônicas, que nem sempre são produtivas e, em certa medida, favorecem o distanciamento. Porém, para que a produtividade seja efetiva, é preciso aprender a manter a interação e a trabalhar em equipe utilizando os diversos recursos eletrônicos atualmente disponíveis (saiba mais aqui sobre como melhorar a comunicação). 

7. Esperar pelo retorno ao trabalho presencial

A mudança para o home office, que para muitos parecia ser provisória, acabou gerando a consciência de que diversas tarefas seriam temporárias e não necessariamente poderiam ser feitas remotamente com a mesma qualidade do modo presencial.

Poré, o home office deve ser tornar definitivo em muitos casos. Então, é preciso aproveitar essa oportunidade para desenvolver as competências necessárias para alcançar a produtividade requerida na nova realidade virtual.

Esses erros seguem acontecendo mesmo um ano após o início da pandemia e mudança forçada para o home offiece, mas é fruto do que a sociedade como um todo está vivendo atualmente, não somente no campo do trabalho. Mas como essa é uma nova realidade, aprender a ser produtivo trabalhando em casa é algo que pode colaborar para formar profissionais mais completos, com capacidade de atuar de várias formas e em lugares diversos”.

Quer tirar alguma dúvida sobre carreira? Envie sua pergunta para o e-mail carreira@infomoney.com.br. A próxima resposta dos nossos especialistas pode ser a sua!

*Elza Veloso é livre-docente, com doutorado e pós-doutorado em administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Especialista em gestão de carreira, atualmente, é professora da FIA Business School, atuando na graduação e nos programas stricto sensu e lato sensu da instituição. É também professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

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